Dentre os diversos tipos de moldagem utilizados na fabricação de peças, os compósitos são os que mais se destacam. Isso porque, além de ter um baixo peso – o que facilita o transporte, também oferecem flexibilidade de forma – o que permite a criação de peças com contornos, curvas e áreas vazadas.
É por isso que os moldes compósitos são hoje tão utilizados em diversos setores, como náutico, automotivo e construção civil.
A seguir, mostraremos passo a passo como funciona o processo de produção de moldes compósitos.
É importante lembrar que, durante todas as etapas, os profissionais envolvidos na produção devem utilizar os EPIs recomendados, como luvas, máscaras e óculos de segurança, para evitar o contato direto com poeira e vapores.
O primeiro passo na fabricação do molde é a preparação da resina. Deve ser agitado entre 20 a 30 minutos, em coqueteleira tipo gado.
Após a aplicação do desmoldante no molde geral, deve-se aplicar o Gel Coat. Estes são alguns dos cuidados a ter na aplicação do Gel Coat:
A temperatura ambiente deve ser de 18°C;
A pressão deve estar entre 30 e 60 PSI;
A distância entre o molde e a pistola deve ser de 40 cm.
O Gel coat deve ser aplicado no molde em camadas de 0,2 mm, até atingir uma espessura final entre 0,6 e 0,8 mm. O tempo ideal de tratamento é de 4 a 6 horas
A primeira camada de mofo é chamada de Skin Coat.
Essa camada é feita de mantas leves de fibra de vidro impregnadas com resina, o que evita a formação de bolhas de ar e rachaduras entre ela e o Gel Coat.
Após a primeira camada ser aplicada, a última etapa deve ser iniciada. Primeiramente, é utilizada uma camada de resina de aproximadamente 0,25 mm de espessura, cobrindo toda a superfície.
Em seguida, são utilizadas camadas de fibra de vidro com espessura entre 0,75 e 1,15 mm. Normalmente, três esteiras de fibra de vidro são usadas. Mas isso depende de cada projeto. Após a aplicação de cada demão, aguarde a exotermia. Eles não podem ser usados todos ao mesmo tempo, pois isso pode causar problemas.
As bolhas de ar que aparecem após a aplicação das mantas e resina devem ser removidas com auxílio de rolos. Caso contrário, a estrutura do molde pode ser danificada.
A roleta deve acontecer sempre do centro do molde para as laterais, e não o contrário.
As camadas devem juntas ter uma espessura mínima de 3 mm antes da cura.
Antes de prosseguir com as próximas etapas, é necessário aguardar a cura das camadas. As retiradas podem ser feitas uma vez que o tratamento parcial tenha sido recebido.
O material do núcleo deve ser finamente cortado e umedecido com resina catalisada. Após ser utilizado na moldagem, deve ser enrolado, para que as bolhas de ar sejam removidas.
A estrutura de reforço deve ser adequada ao molde e feita especialmente para ele. Os pontos de contato da estrutura e do molde devem ser lixados, para garantir uma boa aderência, e aminados com resina e fibra de vidro.
O molde deve ser mantido na área de cura por pelo menos 24 horas antes da desmontagem. Se esta etapa for feita prematuramente, o molde será danificado.
Após a remoção do molde, um agente desmoldante deve ser usado.